Carta ao secretário estadual de educação
CARTA AO SECRETÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MARANHÃO
Diante do que foi afirmado recentemente
em uma nota divulgada no sítio do Sindicato dos Profissionais de Educação do
Maranhão, no dia 10 de maio, em que se enaltece a ida do Sr. Filipe Camarão à
sede do Sinproesemma, e é repassada, sem qualquer nota de criticidade, a
informação da continuidade da postergação da aplicação do reajuste salarial
para os professores da rede pública estadual; e ainda considerando o fato de o
Secretário de Educação haver mencionado o fator econômico como possibilidade de
tentar justificar a imposição do REAJUSTE ZERO aos educadores da rede estadual,
é premente que o titular da pasta responda às seguintes perguntas e
considerações:
1. Qual o valor da folha de pagamento
mensal dos profissionais do magistério da rede estadual, referente aos meses de
dez/2015 e março/2016?
2. Qual o percentual de recursos dos FUNDEB
utilizado pelo governo para remunerar os profissionais do magistério nos anos
de 2013, 2014 e 2015?
3. Considerando que o artigo 212 da CF/88
determina que estados e municípios destinem anualmente, no mínimo, 25% das
receitas de impostos e transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino
- MDE, em sua área de atuação prioritária, pergunta-se: qual o montante de
recursos destinados pela Lei Orçamentária Anual - LOA/2016 para MDE?
4. Qual o número de professores da rede
estadual:
a)
Efetivos?
b)
Inativos?
c)
Em
regime de contrato?
d)
Em
regime de CET?
5. Qual o valor da folha mensal usada para
remunerar os professores: efetivos, contratados e em CET.
6. Por que o atual governo até hoje não
realizou uma auditoria na folha de pagamento da SEDUC?
Para além dessas informações, também
precisamos observar que:
1 Em 2015 a receita anual consolidada do FUNDEB
foi de:
R $ 1.256.633.842,09
2. No 1º trimestre de 2016 já foi
creditado na conta do FUNDEB/ESTADUAL o valor de:
R $ 374.804.776,36
Ele supera em mais de
32 milhões o valor creditado na conta do FUNDEB, no mesmo período de 2015. O que explicita que a
desculpa da falta de recursos não se sustenta.
Senhor secretário, essas informações
são importantíssimas, pois tais números e valores são marcos balizadores para o
debate que se precisa realizar, na medida em que, é a luz dos números que
poderemos conjuntamente identificar as reais condições financeiras do Estado
para arcar com as despesas referentes à concessão do reajuste salarial
garantido, anualmente, aos profissionais do magistério pela Lei do Piso (Lei
federal) e Estatuto do Magistério (Lei estadual).
Todo governo comprometido com a
valorização dos seus servidores não se esquiva de fazer esse debate com os
trabalhadores. Lamentavelmente essa não tem sido a postura do governo que
prometeu a mudança. Estamos no 5º mês do ano e há 4 meses os educadores da rede
estadual de ensino amargam as consequências das políticas de NEGAÇÃO DE
DIREITOS e de ARROCHO SALARIAL impostas pelo governador Flávio Dino (PCdoB). A
justificativa governamental da falta de recursos já não convence mais nenhum
educador.
DIANTE DO EXPOSTO, solicita-se uma
reunião com vossa senhoria para que sejam apresentados os documentos contendo
as respostas para nossos questionamentos, nesta ocasião poderemos realizar um
debate sobre a questão do reajuste salarial/2016 dos educadores e definir uma
data para sua concessão, bem como debateremos a forma de garantir o pagamento
do retroativo deste ao mês de janeiro.
O nobre secretário se dispõe a fazer
esse debate conosco?
Com a palavra o Sr. Secretário de Educação
Filipe Camarão.
*Antonísio
Furtado- É professor das redes estadual e municipal de São Luís,
Membro
titular do Conselho Municipal de Educação da Capital e
Militante
do Movimento de Resistência dos Professores - MRP
Duvido que ira comentar....Há com certeza desvio de verba publica me cheira como sempre a maracutaia.
ResponderExcluirLembro-me que em uma dessas reuniões do sindicato com o governo, Márcio Jerry, secretário de articulação política, prometeu que numa próxima reunião levaria os números que "comprovariam" a falta de condições do governo em honrar com o reajuste. Infelizmente, me parece que o secretário esqueceu de sua promessa.
ResponderExcluir