Professores acumulam 6 meses sem reajuste no governo de Flávio Dino

 Companheir@s,

Mais uma vez, a diretoria  GOVERNISTA do SINPROESEMMA, teatraliza uma ação sindical. Nesse final de junho,alguns dos seus dirigentes, reuniram-se com os representantes da SEDUC e a resposta em relação ao reajuste foi a de que o governo ainda não finalizou  o estudo financeiro e, sendo assim, ele não teve condições de definir o valor do percentual de reajuste salarial a ser concedido à nossa categoria, nem quando e como ele será concedido. Diante dessa resposta, os diretores do sindicato, mais uma vez, silenciaram diante da sexta negativa do governo. Agem dessa forma porque a maioria dos diretores do sindicato não depende mais somente do salário de professor, pois possuem cargos comissionados no governo. Enquanto isso, os professores acumulam perdas salariais consideráveis.
Agora, essa nossa triste realidade, é resultado não somente das ações do governo e da diretoria do sindicato, mas principalmente da escolha que a maioria dos educadores fez nesse semestre. Em vez de se rebelar contra esse ataque governamental e em relação à postura da diretoria do SINPROESEMMA, os educadores se mantiveram em sala de aula desenvolvendo suas atribuições normalmente, como se seus direitos não estivessem sendo violados.
Para evitar que a violação do nosso direito ao reajuste salarial persista nos próximos meses, vamos ter que reagir no início de agosto.
Educador/a, não faltam recursos do FUNDEB para garantir nosso reajuste, o que falta é vontade política ao governador para valorizar os profissionais da educação estadual.
Observem abaixo os números do FUNDEB:

Mês
Repasse do Mês em R $
Janeiro
183.369.109,30
Fevereiro
105.904.626,32
Março
85.531.040,74
Abril
92.910.978,46
Maio
85.397.841,73
Junho
139.564.438,71
TOTAL
692.768.032,26

A receita total do FUNDEB em 2015 foi de R $ 1.262.926.356,79.
A folha de Pagamento dos Profissionais do Magistério em 2015 (média mensal) foi de R $ 93.550.100,50 

Tomando como base o montante de recursos do FUNDEB/2016 já creditados, temos:

692.768.032,26 : 6 = R $ 115.461.338,71 [Repasse médio mensal]

Aplicando o reajuste de 11,36% sobre o valor da folha de pagamento praticada em 2015, teremos:

R $ 93.550.100,50  + 11,36% = R $ 104.177.391,92

Vejam só, a lei do PISO e o ESTATUTO do Magistério nos  garantem um reajuste de 11,36% e o governo não o concedeu até hoje, pois diz não ter condições financeiras para garanti-lo. Os números que apresentamos acima, demonstram que a tese da falta de recursos financeiros não é verídica.
Por que será que os dirigentes do sindicato não debatem esses números com o governo nessas reuniões? Será que os desconhecem ou o nível de subserviência dessa gente com o governo os impede de agir assim? 
Diante do exposto, afirmamos: Se continuarmos a esperar pela boa vontade do governo ou por uma ação da diretoria do SINPROESEMMA, no sentido de resguardar esse nosso direito, corremos o sério risco de ficar sem reajuste salarial em 2016.
"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...."
Vamos à Luta Educador/a!
Professor sem reajuste,
ESCOLAS SEM AULAS em agosto.




Comentários

  1. Caro Antonísio, devemos lembrar que os números da tabela referem-se apenas aos repasses do FUNDE. Ainda têm os recursos próprios do estado. Você sabe informar os valores?

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  2. Eu não acredito nessa greve. Se até o calendário de férias foi alterado, desobedecendo a orientação do secretario estadual, com o aval dos professores ( trabalhar nas férias por aproximadamente 2 semanas), imagina se eles vão parar? Professores que aceitam as determinações de gestores, aceitam também a imposição do governador em não pagar o piso.(Fato acontecido em Timon, em algumas escolas).

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