A inexistência da luta dos professores favorece seus opressores

LUTAR É PRECISO

Companheiros educadores da rede municipal de ensino de São Luís, até quando vamos consentir a violação dos nossos direitos, praticada pelos governos de Edivaldo Holanda Junior - PDT? De acordo com o dito popular, quem cala consente. 
Na sua primeira gestão, somente com a realização de greves, conseguimos garantir alguns direitos, porém isso não evitou que outros direitos nos fossem negados. 
Com a reeleição, de 2017 pra cá, o prefeito resolveu implementar sua política de arrocho salarial. Passou a violar o artigo 5º da lei federal nº 11.738/08 (Lei do Piso), que resultou na negação do reajuste anual devido aos professores. Soma-se a isso a violação de outros direitos garantidos no Estatuto do Magistério e no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos – PCCV.
Para além da violação dos direitos dos profissionais do magistério tais como: 1/3 de hora atividade, PROGRESSÕES, TITULAÇÕES, gratificação de difícil acesso, APOSENTADORIA entre outros, constata-se também violações de direitos básicos dos alunos, pois a maioria das escolas municipais funciona em situação precária, com problemas que vão desde a falta de materiais pedagógicos básicos a questões de infraestrutura física das escolas.
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Como se isso não bastasse, o time do prefeito Edivaldo resolveu escalar o secretário de educação Moacir Feitosa para ir aos meios de comunicação atacar a luta dos professores e tentar responsabilizá-los por alguns insucessos de sua pasta.
Em resposta a todos esses ataques, a diretoria do Sindeducação protagoniza, ano após ano, ações nada exitosas conforme a greve inexpressiva realizada em 2017. 
Em 2018, a diretoria do sindicato resolveu inovar, ao tirar da cartola, defender e fazer aprovar em assembleia geral da categoria a tal GREVE POLÍTICA. Quantos direitos foram garantidos por meio dela? 
Agora, em 2019, a diretoria do Sindeducação demonstra, mais uma vez, todo seu despreparo para conduzir a luta dos educadores com a devida seriedade e respeito. Nossa representação sindical é tão ineficiente que o secretário de educação se sentiu à vontade para atacar a luta dos educadores. Isso já nos faz acreditar que, mais uma vez, os professores devem ficar sem seu reajuste anual. Se isso ocorrer, os professores terão que sobreviver, mais um ano, com salário cujo valor corresponde ao que recebiam em 2016. A inflação acumulada somente nos últimos 2 anos se aproxima de 10%.
Qual foi a reação da diretoria do Sindeducação? Colocar o bloco na rua, mas, lamentavelmente, não é o bloco que tem musculatura política suficiente para fazer o devido contraponto a mais esse ataque do governo.
Diante do exposto, é público e notório que todas as ações da diretoria sindical carregam consigo um propósito. Esse objetivo seria o mesmo dos professores? Nos últimos anos, as perdas dos professores só se avolumam.
De maneira análoga, pode-se considerar como se fossem as duas metades de um pão de cachorro-quente, ficando a nosso cargo alertá-los sobre o terceiro elemento que se encontra entre essas metades. Nossa categoria comprimida sofre, anualmente, as consequências da pressão exercida pelas ações e omissões desses dois agentes já explicitados. 
O que fazer para superar esse cenário de violação/negação de direitos e, consequentemente, de perdas? Não temos a receita pronta e muito menos a pretensão de ditar um caminho. Afinal, como diz o pensandor: "O caminho se faz ao caminhar..."
Nós, professores, precisamos mudar de postura frente à luta e às nossas representações sindicais. Não basta delegar poder a um grupo de pessoas e achar que isso basta para resolver nossos problemas. A luta da classe trabalhadora só ganha musculatura política suficiente para fazer o enfrentamento e a devida resistência aos ataques dos governos, quando a maioria dos trabalhadores se dispõe a protagonizá-la. A princípio, alertamos os companheiros quanto a importância da sua participação nas assembleias e nos atos de protestos da nossa categoria. Para garantir êxito às nossas lutas, necessitamos mudar de postura o quanto antes. Essa responsabilidade recai sobre todos os educadores que se encontram nesse contexto.
Desperte e reaja, PROFESSOR (A)!

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